terça-feira, 13 de novembro de 2012

POUSADA TERRA NATIVA- ALTER DO CHÃO LOCALIZAÇÃO

POUSADA TERRA NATIVA-
ALTER DO CHÃO
LOCALIZAÇÃO


A floresta recua e, às margens do Rio Tapajós, surgem as praias de Alter do Chão, uma surpresa no coração do Pará

Pode ser alguma coisa no ar, na linha do horizonte, no calor que gruda na pele, na paisagem. Quem desembarca pela primeira vez em Belém do Pará faz uma série de constatações imediatas: está no Equador, o mar a sua frente é um rio, a imensidão verde da floresta chega até ali pertinho, suas referências do que é o Brasil precisam de várias adaptações. E Belém pode ser a base para uma experiência amazônica diferente, uma espécie de iniciação à floresta, com as praias de rio a seu redor, a exótica Ilha de Marajó quase na outra margem e, mais adiante, a melhor incursão de todas, Alter do Chão. 
Para quem traz na mente as imagens convencionais da Amazônia, chegar a essa vila de pescadores, a 35 quilômetros de Santarém, é um espanto. Primeira surpresa, as águas do Tapajós, o mais bonito dos rios da Região Norte. Mornas e cristalinas, são de um azul intenso, que lembra o mar. Essa Amazônia de ares caribenhos se completa com mais de 30 quilômetros de praias de areia macia, branquinha. De uma margem do rio não se vê a outra – um efeito tão impressionante que os primeiros navegadores europeus, há mais de 400 anos, provavam de suas águas para ter certeza de que não era salgada. 



A melhor época para visitar Alter do Chão é no verão amazônico, de julho a dezembro, quando a ausência de chuvas amplia a faixa de praia. É nessa época também que a modesta indústria turística local oferece mais opções de lazer: aluguel de caiaques, pranchas de windsurfe e de equipamentos de mergulho, todos artigos raros na baixa temporada. Na primeira quinzena de setembro, a vila lota com cerca de 100.000 pessoas que vão assistir ao sairé, uma festa regional que mistura elementos religiosos e lendas locais. Seguindo o modelo de outra festa amazônica, a da Ilha de Parintins, a população e os turistas lotam o sairódromo para acompanhar a luta entre o boto-cor-de-rosa e o cinza, o tucuxi. Saindo de Alter, os melhores passeios são de lancha, até praias desertas, como Aramanaí, Pindobal e Muretá – esta, enfeitada por um lago de águas verdes no meio da floresta, habitado por piranhas e jacarés. De volta à vila, no fim da tarde, a natureza oferece um programa obrigatório: a quinze minutos de lancha, na entrada da enseada que banha Alter do Chão, dezenas de botos, nadando em pares, sobem e voltam a mergulhar, alimentando-se dos peixes que usam o local para se reproduzir. 
Para chegar a Alter, viaja-se uma hora de avião de Belém a Santarém (há vôos diários) e mais meia hora (35 quilômetros) de táxi ou carro alugado. Neste último caso, deve-se encher bem o tanque em Santarém, tendo em mente que na vila não existe posto de gasolina – nem táxi, nem agência bancária, nem caixa automático. A opção mais ousada é ir de barco. São 150 reais por pessoa em camarote duplo, com banheiro, ar-condicionado e o direito de contar, depois, aventurescas histórias de navegação no rio-mar. A duração da viagem também é amazônica: sessenta horas.




FONTE: http://veja.abril.com.br/especiais/turismo/alter_chao.html 

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